Saiba quais são os benefícios da reciclagem e como implantá-la corretamente na sua casa
Boa parte do planeta já sabe que os nossos recursos naturais estão se esgotando e com a grande quantidade de lixo acumulado, a poluição na natureza aumentou de forma significativa, sendo assim, não nos resta outra alternativa senão reciclar para manter vivo o ambiente que nos resta.
O Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia e fundador da Fral Consultoria, Francisco Oliveira, explica que a coleta seletiva em casa é uma das principais soluções para esse problema, pois, além de incutir aspectos de ensinamentos de cidadania na família, realça a importância da promoção de ações visando a preservação do meio ambiente.
No entanto, poucos ainda sabem como implantar um processo de coleta seletiva em casa de forma correta. Afinal, mesmo que o “caminhão da reciclagem” passe na sua porta, o descarte incorreto dos materiais e utensílios os tornam inúteis para a reciclagem.
Processo correto
Antes de implantar a coleta seletiva em sua residência, no entanto, o engenheiro afirma que é importante um conhecimento inicial do que deve ser separado e como armazenar de forma adequada. Por exemplo, saber se o material é seco (reciclável) ou úmido (orgânico e não reciclável).
De acordo com ele, pode-se listar em um contêiner ou recipiente adequado, os materiais recicláveis mais comuns como: garrafas pets, papéis, jornais, embalagens plásticas, garrafas de vidro, copos plásticos, latas de alumínio, latas de latão, embalagens de alumínio, isopor, entre outros. Mas, antes de armazenar esses resíduos, é preciso limpar ou lavar e dispor para o armazenamento temporário e informar-se sobre a frequência de coleta de cada tipo de resíduo. “Os resíduos recicláveis deverão estar limpos e secos, isentos de quaisquer tipos de sujeira, para que sejam lançados como passíveis de reciclagem, caso contrário, devem ser lançados no recipiente de resíduos úmidos (orgânicos)”, reforça.
Da mesma forma, Francisco Oliveira diz que no recipiente de resíduos úmidos (orgânicos), constituídos predominantemente por restos de alimentos, embalagens sujas, podas de plantas de jardins, papel higiênico, curativos, absorvente e materiais de uso para higiene pessoal, entre outros, deverão também ser listados, ensacados e depositados em contêiner ou recipiente adequado, tendo que estar separado do recipiente de recicláveis.
O engenheiro afirma que atualmente são muito poucas as cidades onde a coleta seletiva já implantada exige triagem na origem pela tipologia de material (plástico, vidro, madeira, etc). “O que usualmente é aplicado nas cidades onde a coleta seletiva já está implantada e efetua-se na origem (residência) é uma separação de seco do úmido, sendo que a coleta de resíduos úmidos (orgânicos) é encaminhada para usina de compostagem ou diretamente para o aterro sanitário, enquanto que os resíduos secos são encaminhados para uma central de triagem onde os resíduos são separados por tipologia de materiais”, informa.
Composteira caseira
Você já ouviu falar das composteiras caseiras? Segundo o engenheiro Francisco Oliveira são recipientes apropriados, em geral, um contêiner vertical, onde são colocados materiais orgânicos secos (folhas), um inoculo (estrume seco de galinha ou outras fontes de bactérias) e a matéria orgânica fresca (exemplos restos alimentares e poda de jardim). “Estas camadas são umedecidas por rega e o contêiner é fechado permitindo uma circulação através da massa, de baixo para cima, de modo a promover a biodegradação da matéria orgânica fresca, o que em geral se dá em um prazo médio de 90 dias”, explica.
No entanto, segundo o engenheiro, vários cuidados devem ser tomados neste processo para evitar a proliferação de moscas e odor. Assim, a composteira deverá ficar fora da residência em local abrigado e isolado. A operação de enchimento e de manejo deverá ser supervisionada por um técnico agrícola experiente para evitar erros que redundariam na proliferação de vetores.
Compostagem com minhocas
A compostagem com minhocas, também conhecida como vermicompostagem, é o processo de transformar restos de alimentos e demais resíduos orgânicos em adubo com o auxílio das minhocas. Elas consomem diariamente o equivalente ao seu peso em matéria orgânica, duplicam a população a cada 2 meses e diminuem o ritmo de reprodução quando percebem que o espaço ficou pequeno para a quantidade de indivíduos. O sistema produz adubos de excelente qualidade (composto sólido e composto líquido) e, corretamente manuseado, não produz cheiro nem atrai animais indesejáveis.
No vídeo abaixo, a apresentação do funcionamento e dicas de uso da composteira doméstica. Saiba como fazer a compostagem em casa com restos de alimentos, com Cláudio Spínola, diretor da Morada da Floresta (moradadafloresta.eco.br/).
Agradecemos ao Portal Namu (namu.com.br/aulas/aula-de-compostagem) pela realização desse vídeo e pelo belo trabalho realizado para disseminar boas iniciativas.
Texto: Juliana Klein / Foto: ©Diego Cervo/Shutterstock.com
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