Ter uma boa noite de sono reflete na sua disposição para encarar o dia a dia com mais ânimo e saúde.
Você sabia que um estudo realizado pelo Instituto do Sono em 2009 mostrou que mais de 60% dos brasileiros apresenta alguma queixa de sono? Entre as maiores delas estão os homens com motivos de roncos e apneia do sono, que são as pausas respiratórias e, as mulheres, por conta de insônia e pesadelos.
No entanto, o que é preciso saber é que o sono não é apenas uma forma de descansar ou revigorar as energias como muitos acreditam, mas, segundo a otorrinolaringologista e especialista do sono, Dra. Luciane Mello, é também um processo importante do nosso organismo, responsável por funções essenciais, como produção e liberação de substâncias durante esse período.
Além disso, dormir apenas o período recomendado de horas popularmente conhecido como “no mínimo 8 horas”, também não é o suficiente. Para ter um sono adequado, além da duração das horas, é necessária uma regularidade do horário em que a pessoa vai dormir. Existem várias fases do sono e ter uma proporcionalidade de cada fase durante a noite de sono, esse sim, traz o chamado sono restaurador.
Eu durmo mal?
Mas, afinal, o que é considerado uma noite de sono ruim? De acordo com a Dra. Luciane Mello, uma noite de sono ruim é exatamente a que provoca o paciente insatisfeito com sua noite mal dormida. “O sono não é restaurador por diversas causas: desde não conseguir iniciar o sono, por acordar algumas vezes durante a noite, até aquela sensação de ter dormido superficialmente. O paciente adulto, geralmente, queixa-se de cansaço, sonolência e irritabilidade”, aponta.
A otorrinolaringologista diz que as consequências disso são graves, pois com a sonolência e o cansaço, a produtividade diminui e, portanto, a eficiência nas tarefas de trabalho também. “Já foi demonstrado por vários estudos que existe um prejuízo cognitivo com a má qualidade do sono, e com diminuição da memória também”, afirma.
E, segundo a Dra. Luciane, em alguns casos, o problema com o sono pode não estar relacionado com o que a pessoa faz ou deixa de fazer durante o dia, mas, sim, com alguma doença, como a ansiedade e a depressão que podem influenciar negativamente o sono, causando insônia. Além disso, os distúrbios respiratórios como roncos e apneia do sono, que podem além de prejudicar na disposição da pessoa durante o dia, também aumentam o risco cardiovascular devido à sobrecarga no trabalho cardíaco.
Como dormir bem
Para ter uma boa noite de sono, as melhores soluções, segundo a médica, seria durante o dia, a pessoa praticar exercícios físicos, preferencialmente pela manhã, evitar cochilos maiores que trinta minutos no decorrer do dia e dormir sempre em horários regulares.
Mas, não pense que acaba por aqui, a alimentação também contribui muito para a “qualidade” do sono. “A alimentação da noite, lanche ou jantar, não deve ser de difícil digestão ou em grande quantidade. Isso atrapalha o sono”, argumenta a Dra. Luciane Mello.
Se mesmo com essas dicas você ainda continuar com as noites “mal dormidas”, ela aconselha ser avaliado por um médico especialista do sono para que seja orientado e tratado de maneira individualizada.
7 dicas para ter uma boa noite de sono
- Tenha horários regulares de dormir e acordar
- Evite substâncias estimulantes (ex. cafeína) após às 18h
- Realize exercícios físicos pela manhã
- Evite cochilos maiores que 30 minutos
- Vá para a cama com sono. Não “brigue” com a cama. Quando não conseguir dormir, levante e procure realizar tarefas menos estimulantes, como ver televisão ou ler um livro
- Não trabalhe na cama, com o uso de celulares, tablets ou notebooks
- Na hora de dormir, o ambiente deve estar escuro, tranquilo e silencioso
Assim, tenha uma boa noite de sono!
Texto: Juliana Klein / Foto: ©Antonio Guillem/Shutterstock.com
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