Muitos nem imaginam, mas dentro do ambiente de trabalho, o bullyng também é muito comum. Isso pode prejudicar não só a produtividade como também atrapalhar o desenvolvimento profissional.
Você já se sentiu humilhado(a) por um chefe na frente dos colegas de trabalho? Teve a imagem denegrida de alguma forma ou passou por brincadeiras excessivas e repetitivas em que era o alvo da “zueira”? Você pode não ter associado, mas o que sofreu foi Bullyng. Afinal, isso não acontece só com as crianças na fase de escola. Pode acontecer a vida inteira.
Segundo a psicóloga do trabalho do Vita Check-up Center, Dra. Márcia Merquior, define-se bullying como a atitude repetitiva e continuada de denegrir, humilhar, envergonhar ou prejudicar um colega de trabalho. “Isso pode ser feito tanto de forma explícita como mais manipulativa. Ambientes corporativos muito competitivos e com lideranças mais autoritárias são mais propícios ao exercício do bullying, pois favorecem o uso e o abuso de poder”, afirma.
De acordo ainda com a psicóloga, isso é mais comum de acontecer no momento de uma disputa por cargo ou luta de poder. E, em geral, as intrigas e manipulações são mais frequentes que as discussões e agressões.
Consequências
Como, no entanto, o Bullyng pode atrapalhar a saúde emocional e a produtividade da pessoa no ambiente corporativo? A Dra. Márcia Merquior explica que viver cotidianamente atento às atitudes alheias, se sentindo inseguro no seu ambiente de trabalho, com certeza, afeta a produtividade, o que gera um mal-estar constante.
A médica esclarece que o bullying deve ser desmascarado de forma sempre positiva para a empresa. No entanto, é importante estar atento, mas sem valorizar demais as atitudes, procurando mostrar evidências de sua motivação e emprenho para dar o melhor de si à empresa.
Saiba como eliminar
Na visão da psicóloga do Vita Check-up Center, em primeiro lugar, é preciso compreender que o sujeito que se comporta como bully é quem tem problemas. “Ele é inseguro, tem alguma inveja e, ao invés de mostrar seu valor e sua produtividade, gasta energia procurando desvalorizar o outro, geralmente aquele que sente que o ameaça”, aponta.
Desta forma, a Dra. Márcia diz que é preciso procurar não cair na armadilha e não se deixar afetar. Responder sem brigas, sem aumentar os conflitos, buscando esclarecer e dizer o quanto ruim para o trabalho é esse tipo de comportamento. No entanto, isso deve ser feito com ética às manipulações e hostilidades, procurando deixar claro publicamente que quem tem problemas é o outro, e não se colocar jamais no lugar de vítima indefesa.
Para finalizar, ela diz que é importante manter-se firme e convicto de seus valores e limites. “Chamar para o diálogo, se possível publicamente, mostrando sua atitude cooperativa e assertiva e, se precisar, levar às instâncias superiores, mas sempre com evidências de como as atitudes interferem no bom funcionamento da equipe, comprometendo a produtividade da empresa”.
Texto: Juliana Klein / Foto: ©pathdoc/Shutterstock.com
Leave a Comment